Roma 1960

Curiosidades Olímpicas

Fonte: Comitê Olímpico Brasileiro

1.Introdução

Período:  25 de agosto a 11 de setembro

Países: 83                   Atletas: 5.348 (4.738 h e 610 m)  

Atletas Brasileiros: 81 (80 h e 1 m)

Modalidades: atletismo, basquete, boxe, canoagem, ciclismo, esgrima, futebol, ginástica artística, hipismo, hóquei na grama, levantamento de peso, luta, natação, pentatlo moderno, pólo aquático, remo, saltos ornamentais, tiro esportivo e vela.

Medalhas Brasileiras: 2 Bronzes 

 

Tóquio

HIMES

2. Cenário Mundial

Em 1960, a maior novidade do Brasil era a Capital Federal já não se chamar Rio de Janeiro e sim Brasília. Uma cidade insólita, erguida no meio de uma ampla região desabitada e em pleno centro do mapa brasileiro, com um plano urbanístico revolucionário traçado por Lúcio Costa e algumas das construções mais belas criadas pela leveza desafiante de Oscar Niemeyer. Naquele 1960 o Brasil tinha aproximadamente 71 milhões de habitantes, dos quais 16 milhões eram analfabetos com mais de dez anos de idade. 

No ano em que se encerrava o governo de Juscelino Kubitschek, os brasileiros se maravilhavam com as novidades. Os automóveis nacionais, p.ex., que nas ruas desfilavam os emblemas DKW, Volkswagen, Willys. Só em 1960 foram vendidos 130 mil veículos feitos no Brasil.

Aos 37 anos de idade, o antropólogo Darcy Ribeiro reunia as melhores cabeças pensantes do país para que elaborassem o projeto da Universidade de Brasília, que teria a missão de servir de modelo para o novo ensino superior brasileiro. As emissoras de televisão inauguravam um sistema que parecia mágico – o videoteipe – que permitia um ator contracenar com ele mesmo.

Ainda embebido nos anos JK, o país elegeu como seu novo presidente um antigo professor de gramática de São Paulo, chamado Jãnio Quadros. Vitorioso em Cuba, Fidel Castro passeou pelo Rio de Janeiro, fascinado pela cidade.

Foi o ano em que Éder Jofre conquistou o título de campeão mundial na categoria dos pesos -galo, e em que o trabalho da dupla Tom Jobim & Vinicius de Moraes ganhou o mundo. As músicas da dupla Tom – Vinícius no filme Orfeu Negro tornaram-se conhecidas e passaram a ser gravadas em vários idiomas. Os versos que abriam a canção A felicidade – “Tristeza não tem fim, felicidade sim” – foram traduzidas e voaram pelos céus de todo o mundo. As artes brasileiras viviam um momento especial.

Os Estados Unidos também estreavam presidente novo: por uma diferença mínima – 49,71% contra 49,55% – um jovem carismático chamado John Fitzgerald Kennedy, do Partido Democrata, derrotou Richard Nixon, do Partido Republicano. O país ainda vivia o abalo da humilhação sofrida diante da União Soviética, três anos antes, no primeiro passo da corrida espacial: enquanto os soviéticos lançavam com êxito o primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik, o engendro inventado a toque de caixa pelo governo Eisenhower, o Vanguard, explodiu ainda na plataforma de lançamento. Entretanto foi na presidência de Kennedy que o programa espacial norte-americano deslanchou, deixando os rivais soviéticos para trás. 

Chorou-se no mundo inteiro a morte de Clark Gable, o ator de “E o vento levou“. E também de emoção com o filme Ben Hur, que levou dez Oscar da academia de cinema em Hollywood.

A Europa, em boa parte já reconstruída dos escombros deixados pela Guerra Mundial terminada 15 anos antes, dava os primeiros passos para a criação de um bloco unido. A França era governada por um herói da Segunda Guerra, o General Charles de Gaulle.  A guerra fria persistia, mas o pavor de um confronto atômico sobre o território europeu havia diminuído bastante.

Foi , então, o ano em que uma capital européia – Roma – realizava os XVII Jogos Olímpicos. A cidade tinha tudo para que aqueles jogos atraíssem gente do mundo inteiro – a começar por uma verba de 30 milhões de dólares, vinda diretamente da loteria esportiva. Tudo mereceu aplausos de todos, inclusive as sagradas palmas do Papa João XXIII que, antes da festa oficial de abertura, rezou missa para 4.000 atletas na Praça de São Pedro.

3. Destaques Principais

Os italianos prometeram e cumpriram: aqueles Jogos Olímpicos marcaram inovações surpreendentes como a primeira transmissão dos Jogos pela TV e, ao vivo, para 20 países. Cerca de 200 milhões de pessoas viram os Jogos sem sair de casa.

Os Jogos realizados em Roma abriram espaço para novos nomes na galeria dos maiores heróis dos esportes. A atleta norte-americana Wilma Rudolph, por exemplo, comoveu o mundo com sua história: negra, nascida na mais profunda pobreza, sofreu de tudo na infância. Além de subnutrição foi vítima de poliomielite. Quando conseguiu retornar a andar, começou a correr com suas pernas magras e frágeis, porém decididas. Nos Jogos anteriores em Melbourne, Wilma havia ganho uma medalha de bronze no revezamento 4 x 100, e o apelido de Gazela Negra. Em Roma, aos vinte anos de idade, aquela sobrevivente assombrou o mundo ao levar a medalha de ouro nos 100 e  200 metros rasos, e mais uma, no revezamento 4 x 100. Foi uma espécie de compensação para os atletas norte-americanos, que não conseguiram repetir nas pistas romanas o mesmo desempenho dos Jogos anteriores.

Um alemão, Armin Hary, ganhou os 100 metros rasos. A prova dos 200 metros foi ganha por um italiano chamado Livio Berruti, que além do mais, corria de óculos escuros. Um  neozelandês chamado Peter Shell levou a medalha de ouro dos 800 metros.

Nas piscinas, o desempenho dos norte-americanos também não foi tão espetacular como era esperado. Os australianos brilharam : John Devitt ganhou a prova dos 100 metros nado livre, a dos 400 foi vencida por Murray Rose, e a dos 100 metros nado de costas por David Thiele – os dois repetindo o que tinham feito em Melbourne. Na foto ao lado vê-se a chegada da prova dos 100 metros livres, com Manoel dos Santos perdendo na batida de mão. As nadadoras norte-americanas tiveram melhor sorte, mas não a ponto de tirar da australiana Dawn Fraser sua segunda medalha de ouro nos 100 metros nado livre.

Roma, enfim, consagrou um atleta surpreendente, o etíope Abebe Bikila, que era cabo da guarda do palácio do imperador Haile Selassié e corria descalço. Feito um deus negro e magro, ele trocou as montanhas da Abissínia, que costumava subir correndo, pelas ruas da cidade italiana. Foi considerado um fenômeno e imbatível. Foi o primeiro negro africano a levar para casa uma medalha olímpica de ouro. E sua inesperada figura descalça, o corpo seco e o nome raro – Abebe Bikila – tornaram-se parte da história das maratonas a partir de Roma.

A capital italiana também viu o surgimento de um dos maiores boxeadores de toda a história, dono de uma personalidade única – Cassius Marcellus Clay. Mais do que na história do boxe, ele entraria em definitivo na história dos Estados Unidos do século XX. Na final dos pesos pesados, mandou para o chão o polonês Zbigniew Pietrzykowski, que vinha de 231 vitórias e era considerado o favorito para a medalha de ouro.

Bonito, falante, e inteligência de raio e frases de relâmpago, Cassius Clay movia-se no ringue com uma leveza extraordinária. Medalha de ouro no peito, voltou para casa orgulhoso. Anos depois, passou a se chamar Muhammad Ali. Continuou a ser um deus no ringue, e se tornou um dos maiores símbolos da luta pelas igualdades raciais em seu país. Ao deixar de ser campeão, continuou sendo um ídolo do esporte.

Enquanto isso , o Brasil  repetindo o que já havia ocorrido nos anos anteriores, em suas participações nos Jogos Olímpicos, enfrentou problemas até chegar a Roma. Nada, porém, que fosse capaz de diminuir o entusiasmo dos atletas brasileiros que prosseguiam na trajetória do esporte olímpico do país. 

Naqueles Jogos Olímpicos, a delegação brasileira conquistou duas medalhas de bronze. Uma delas, a do basquete masculino, não chegou a surpreender. Afinal, um ano antes a seleção brasileira tinha ganho o Campeonato Mundial. Era uma geração de ouro.

A outra medalha de bronze foi conquistada pelo nadador Manoel dos Santos. Na verdade, esse nome era quase desconhecido pelos brasileiros até a façanha de se tornar o terceiro braço do mundo, como passou a ser chamado. Apesar da gripe e amigdalite contraídas durante a realização dos Jogos Luso-Brasileiros, em Lisboa, Manoel dos Santos mergulhou confiante, e só perdeu a liderança nos últimos 25 metros. John Devitt, da Austrália, ganhou. Manoel voltou para casa com a sensação de que poderia ter ido ainda mais longe. Uma ano depois, ele bateria o recorde mundial da prova, nadando os 100 metros em 53,06 segundos, um segundo e seis décimos abaixo do tempo de Devitt em Roma. Passou a ser, então, o primeiro braço do mundo. 

Amigdalite na natação, tuberculose no atletismo. Bicampeão Olímpico,  Adhemar Ferreira da Silva chegou doente em Roma. Fumava muito. As pernas e os pulmões já não tinham a força de antes. Ele nem chegou à final da prova do salto triplo. Cabisbaixo deixava a pista de atletismo do Estádio Olímpico quano ouviu aplausos das arquibancadas. Foi uma ovação. Todos de pé, aplaudindo. Só mais tarde, ele soube que o ator e cantor Bing Crosby, que era uma das maiores estrelas do cinema e da canção e adorava aquele esporte, tinha puxado aquela saudação da multidão. Despedida melhor, impossível.

E ainda havia o futebol. Era um time jovem, com garotos de futuro. Gérson e Roberto Dias, por exemplo. Mas que não conseguiu evitar a derrota para a Itália e a eliminação logo na primeira fase do torneio olímpico.

De novo, a delegação voltava para casa com duas medalhas na bagagem e a sensação de que elas chegaram como resultado da pura garra e do talento dos atletas brasileiros.

Retornando, com mais detalhes à bela conquista do Basquetebol Brasileiro, vamos enriquecer esta matéria com mais informações.

O técnico era Togo Renan Soares – o Kanela – que se tornou parte da história do basquete brasileiro. Nas quadras, a equipe formada por jogadores excepcionais como Amaury, Wlamir, Waldemar, Edson Bispo, Succar, Fernando, Waldir, Jathyr, Mosquito, Rosa Branca, Moysés e Algodão, que foi o primeiro jogador a disputar quatro Jogos Olímpicos no basquete, brilhou do começo ao fim. Só caiu diante de dois gigantes que, nos Jogos Olímpicos, eram considerados insuperáveis. Perdeu para os Estados Unidos por 90 a 63, e para a União Soviética por 64 a 62. A partida que deu a medalha foi contra a Itália, e o Brasil venceu por 78 a 75. Foi uma conquista espetacular.

A Seleção Brasileira de Basquete disputou pela quinta vez os Jogos Olímpicos, com a seguinte delegação:

Chefe da Delegação – José Ferreira Santos

Técnico – Togo Renan Soares – KANELA

Amaury Antônio Passos                       Antonio Salvador Succar

Carlos Domingos Massoni (Mosquito)     Carmo de Souza (Rosa branca)

Edson Bispo dos Santos                      Fernando Pereira de Freitas

Jathyr Eduardo Schali                         Moysés Blás

Waldemar Blatskauskas                      Waldir Geraldo Boccardo  

Wlamir Marques                                Zenny de Azevedo (Algodão)

A Seleção Brasileira disputou 8 jogos, tendo vencido 6 deles:

Brasil 75 x 72  Porto Rico                       Brasil 58 x 54  URSS  

Brasil 80 x 72 México (61 x 61)                Brasil 78 x 75 Itália (70 x 70) 

Brasil 77 x 68 Polônia                            Brasil 85 x 78 Tcheco-Eslováquia

Brasil 62 x 64 URSS                              Brasil 63 x 90 EUA

Assim, os resultados internacionais da Seleção Brasileira em eventos mundiais passou a ser:

Olimpíada de Berlim 1936 – 9o. lugar

Olimpíada de Londres 1948 –  3o. lugar

I Campeonato Mundial na  Argentina 1950 – 4o. lugar

Olimpíada de Helsinque 1952 – 6o. lugar

II Campeonato Mundial no Rio de Janeiro 1954 – 2o. lugar

Olimpíada de Melbourne 1956 – 6o. lugar

III Campeonato Mundial em Santiago do Chile 195 – 1o. lugar

Olimpíada de Roma 1960 – 3o. lugar

3. Destaques Principais

Os italianos prometeram e cumpriram: aqueles Jogos Olímpicos marcaram inovações surpreendentes como a primeira transmissão dos Jogos pela TV e, ao vivo, para 20 países. Cerca de 200 milhões de pessoas viram os Jogos sem sair de casa.

Os Jogos realizados em Roma abriram espaço para novos nomes na galeria dos maiores heróis dos esportes. A atleta norte-americana Wilma Rudolph, por exemplo, comoveu o mundo com sua história: negra, nascida na mais profunda pobreza, sofreu de tudo na infância. Além de subnutrição foi vítima de poliomielite. Quando conseguiu retornar a andar, começou a correr com suas pernas magras e frágeis, porém decididas. Nos Jogos anteriores em Melbourne, Wilma havia ganho uma medalha de bronze no revezamento 4 x 100, e o apelido de Gazela Negra. Em Roma, aos vinte anos de idade, aquela sobrevivente assombrou o mundo ao levar a medalha de ouro nos 100 e  200 metros rasos, e mais uma, no revezamento 4 x 100. Foi uma espécie de compensação para os atletas norte-americanos, que não conseguiram repetir nas pistas romanas o mesmo desempenho dos Jogos anteriores.

Um alemão, Armin Hary, ganhou os 100 metros rasos. A prova dos 200 metros foi ganha por um italiano chamado Livio Berruti, que além do mais, corria de óculos escuros. Um  neozelandês chamado Peter Shell levou a medalha de ouro dos 800 metros.

Nas piscinas, o desempenho dos norte-americanos também não foi tão espetacular como era esperado. Os australianos brilharam : John Devitt ganhou a prova dos 100 metros nado livre, a dos 400 foi vencida por Murray Rose, e a dos 100 metros nado de costas por David Thiele – os dois repetindo o que tinham feito em Melbourne. Na foto ao lado vê-se a chegada da prova dos 100 metros livres, com Manoel dos Santos perdendo na batida de mão. As nadadoras norte-americanas tiveram melhor sorte, mas não a ponto de tirar da australiana Dawn Fraser sua segunda medalha de ouro nos 100 metros nado livre.

Roma, enfim, consagrou um atleta surpreendente, o etíope Abebe Bikila, que era cabo da guarda do palácio do imperador Haile Selassié e corria descalço. Feito um deus negro e magro, ele trocou as montanhas da Abissínia, que costumava subir correndo, pelas ruas da cidade italiana. Foi considerado um fenômeno e imbatível. Foi o primeiro negro africano a levar para casa uma medalha olímpica de ouro. E sua inesperada figura descalça, o corpo seco e o nome raro – Abebe Bikila – tornaram-se parte da história das maratonas a partir de Roma.

A capital italiana também viu o surgimento de um dos maiores boxeadores de toda a história, dono de uma personalidade única – Cassius Marcellus Clay. Mais do que na história do boxe, ele entraria em definitivo na história dos Estados Unidos do século XX. Na final dos pesos pesados, mandou para o chão o polonês Zbigniew Pietrzykowski, que vinha de 231 vitórias e era considerado o favorito para a medalha de ouro.

Bonito, falante, e inteligência de raio e frases de relâmpago, Cassius Clay movia-se no ringue com uma leveza extraordinária. Medalha de ouro no peito, voltou para casa orgulhoso. Anos depois, passou a se chamar Muhammad Ali. Continuou a ser um deus no ringue, e se tornou um dos maiores símbolos da luta pelas igualdades raciais em seu país. Ao deixar de ser campeão, continuou sendo um ídolo do esporte.

Enquanto isso , o Brasil  repetindo o que já havia ocorrido nos anos anteriores, em suas participações nos Jogos Olímpicos, enfrentou problemas até chegar a Roma. Nada, porém, que fosse capaz de diminuir o entusiasmo dos atletas brasileiros que prosseguiam na trajetória do esporte olímpico do país. 

Naqueles Jogos Olímpicos, a delegação brasileira conquistou duas medalhas de bronze. Uma delas, a do basquete masculino, não chegou a surpreender. Afinal, um ano antes a seleção brasileira tinha ganho o Campeonato Mundial. Era uma geração de ouro.

A outra medalha de bronze foi conquistada pelo nadador Manoel dos Santos. Na verdade, esse nome era quase desconhecido pelos brasileiros até a façanha de se tornar o terceiro braço do mundo, como passou a ser chamado. Apesar da gripe e amigdalite contraídas durante a realização dos Jogos Luso-Brasileiros, em Lisboa, Manoel dos Santos mergulhou confiante, e só perdeu a liderança nos últimos 25 metros. John Devitt, da Austrália, ganhou. Manoel voltou para casa com a sensação de que poderia ter ido ainda mais longe. Uma ano depois, ele bateria o recorde mundial da prova, nadando os 100 metros em 53,06 segundos, um segundo e seis décimos abaixo do tempo de Devitt em Roma. Passou a ser, então, o primeiro braço do mundo. 

Amigdalite na natação, tuberculose no atletismo. Bicampeão Olímpico,  Adhemar Ferreira da Silva chegou doente em Roma. Fumava muito. As pernas e os pulmões já não tinham a força de antes. Ele nem chegou à final da prova do salto triplo. Cabisbaixo deixava a pista de atletismo do Estádio Olímpico quano ouviu aplausos das arquibancadas. Foi uma ovação. Todos de pé, aplaudindo. Só mais tarde, ele soube que o ator e cantor Bing Crosby, que era uma das maiores estrelas do cinema e da canção e adorava aquele esporte, tinha puxado aquela saudação da multidão. Despedida melhor, impossível.

E ainda havia o futebol. Era um time jovem, com garotos de futuro. Gérson e Roberto Dias, por exemplo. Mas que não conseguiu evitar a derrota para a Itália e a eliminação logo na primeira fase do torneio olímpico.

De novo, a delegação voltava para casa com duas medalhas na bagagem e a sensação de que elas chegaram como resultado da pura garra e do talento dos atletas brasileiros.

Retornando, com mais detalhes à bela conquista do Basquetebol Brasileiro, vamos enriquecer esta matéria com mais informações.

O técnico era Togo Renan Soares – o Kanela – que se tornou parte da história do basquete brasileiro. Nas quadras, a equipe formada por jogadores excepcionais como Amaury, Wlamir, Waldemar, Edson Bispo, Succar, Fernando, Waldir, Jathyr, Mosquito, Rosa Branca, Moysés e Algodão, que foi o primeiro jogador a disputar quatro Jogos Olímpicos no basquete, brilhou do começo ao fim. Só caiu diante de dois gigantes que, nos Jogos Olímpicos, eram considerados insuperáveis. Perdeu para os Estados Unidos por 90 a 63, e para a União Soviética por 64 a 62. A partida que deu a medalha foi contra a Itália, e o Brasil venceu por 78 a 75. Foi uma conquista espetacular.

A Seleção Brasileira de Basquete disputou pela quinta vez os Jogos Olímpicos, com a seguinte delegação:

Chefe da Delegação – José Ferreira Santos

Técnico – Togo Renan Soares – KANELA

Amaury Antônio Passos                       Antonio Salvador Succar

Carlos Domingos Massoni (Mosquito)     Carmo de Souza (Rosa branca)

Edson Bispo dos Santos                      Fernando Pereira de Freitas

Jathyr Eduardo Schali                         Moysés Blás

Waldemar Blatskauskas                      Waldir Geraldo Boccardo  

Wlamir Marques                                Zenny de Azevedo (Algodão)

A Seleção Brasileira disputou 8 jogos, tendo vencido 6 deles:

Brasil 75 x 72  Porto Rico                       Brasil 58 x 54  URSS  

Brasil 80 x 72 México (61 x 61)                Brasil 78 x 75 Itália (70 x 70) 

Brasil 77 x 68 Polônia                            Brasil 85 x 78 Tcheco-Eslováquia

Brasil 62 x 64 URSS                              Brasil 63 x 90 EUA

Assim, os resultados internacionais da Seleção Brasileira em eventos mundiais passou a ser:

Olimpíada de Berlim 1936 – 9o. lugar

Olimpíada de Londres 1948 –  3o. lugar

I Campeonato Mundial na  Argentina 1950 – 4o. lugar

Olimpíada de Helsinque 1952 – 6o. lugar

II Campeonato Mundial no Rio de Janeiro 1954 – 2o. lugar

Olimpíada de Melbourne 1956 – 6o. lugar

III Campeonato Mundial em Santiago do Chile 195 – 1o. lugar

Olimpíada de Roma 1960 – 3o. lugar